"Pequeno Príncipe Preto", uma versão necessária
O livro "O Pequeno Príncipe", se tornou de domínio público em 2015 e desde então foram lançadas diversas releituras da obra do francês Antoine de Saint- Exupéry. Lançado em março, o livro de Rodrigo França traz uma releitura com muitos detalhes importantes, incluindo o amor próprio, a autoafirmação e combate ao racismo.
A obra escrita pelo filósofo, cientista social e agitador cultural, Rodrigo França e ilustrada por Juliana Pereira, é o resultado do sucesso no teatro. Traz informações e identificação para a nova geração.

"O pequeno príncipe preto", tem alguns pontos em comum com a obra de Saint-Exupéry. O menino negro vive em um planeta apenas com uma árvore; a relação com uma raposa e a resinificação de valores. Também é possível encontrar trechos que fazem referência ao clássico, como a fala sobre “cativar o outro”, que ensina que suas ações afetam a outra pessoa.
O livro foi lançado pela editora Nova Fronteira, nele é contada a vida de um garotinho preto que deixa o planeta onde vive com o seu parceiro baobá para espalhar o Ubuntu por outros cantos do universo. Conhece um rei egoísta que vive contando sua riqueza. E claro, conhece a famosa raposa da obra original.
O príncipe transmite suas mensagens, mesmo após causar estranhamento em outras crianças por conta de sua aparência e em sua aventura nota que as crianças são incentivadas a competir entre si e não a se juntar para alcançar objetivos comuns. Então ele cria uma brincadeira para ensinar e fortalecer as crianças, para disseminar sua mensagem: "Eu sou porque nós somos! Ubunto significa 'nós por nós'!"
O livro também permite que a criança não negra entenda que não existe uma cultura universal e passe a valorizar mais a diversidade, o que sempre foi importante ressaltar e que nos dias de hoje ainda se encontra dificuldade em levar essa mensagem para as crianças.
Esta obra é necessária, porque quanto mais trabalhamos valores com a nova geração, mais chances de termos adultos melhores. A obra é infantil, mas adultos também deveriam ler, afinal consumindo conteúdo, informações e valores, é que vamos aprender o quão essencial é valorizar as raízes, diferentes culturas e costumes.

A obra está nas principais livrarias do país. Corre garantir o seu!